quinta-feira, 24 de maio de 2012

Amanhã

Vivem como se não fossem morrer, como se a velhice não os esperasse amanhã. Envelhecem encenando a juventude subjetiva, travestidos de plásticas, cremes e modismos. Maquiando a decadência natural do corpo e mascarando, ao mesmo tempo, os indícios da maturidade. A ingenuidade da juventude parece diva porque vive no mundo das possibilidades, a maturidade é inerente à adaptação e aceitação de histórias imutáveis, mas quase sempre engrandecedoras. Por que o tempo é negado entre os nossos?

Acho louco pensar que pessoas vão morrer agarradas aos valores superficiais sem nem mesmo entender os motivos de suas frustrações.

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